quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Diabetes Mellitus e Exercício Físico

O que é diabetes Mellitus?

O diabetes Mellitus caracteriza-se por uma menor produção do hormônio insulina, provocando aumento dos níveis de glicose sangüínea.

O diabetes diminui a capacidade do organismo de queimar o material energético ou glicose que ele retira dos alimentos para energia. A glicose é transportada pelo sangue para as células necessitam de insulina, que é produzida pelo pâncreas para permitir que a glicose se movimenta para o interior. Sem insulina, a glicose se acumula no sangue e é eliminada pela urina por meio dos rins (Nielman, 1999)

As causas podem ser as mais variadas tais como hereditariedade, obesidade, estresse, alimentação, gravidez, inatividade física, idade, etc…

A Organização Mundial de saúde classifica os indivíduos como diabéticos, quando os níveis de glicose no sangue estiverem acima dos 140mg/dl.

Os valores normais que devem ser mantidos sobre controle encontram-se entre 75 a 100 mg/dl. Dependendo do tipo de diabetes, seu tratamento inclui a administração de insulina exógena, agentes hipoglicêmicos por via oral, dietas e exercícios físicos (Guedes, 1995).  



Precauções sobre a prática de exercícios:

Os diabéticos do tipo I devem precaver-se quanto à prática de atividade física logo após a aplicação de insulina. No tipo II, os exercícios ajudarão a perder ou a manter o peso corporal. Deste modo, deve-se tomar cuidado com os exercícios que contribuem para que o sobrepeso do indivíduo comprima os vasos e comprometa a circulação sangüínea.

Não se exercitar em condições climáticas adversas sem tomar algumas precauções também é uma maneira de melhorar a prática de exercícios. Ao exercitar-se no calor, recomenda-se molhar as partes do corpo com água gelada a intervalos regulares. No frio, escolher roupas que permitam um isolamento adequado do frio, evitando tecidos que não permitem a evaporação do suor.

Segundo VIVOLO (1994), os diabéticos bem controlados devem tomar cuidado com a probabilidade de ocorrência de uma hipoglicemia que podem ocorrer antes, durante, logo após ou no decorrer 24 horas seguintes ao término da atividade física, pois o nível de glicose continuará a cair.

Já nos maus controlados, a atividade física pode elevar o nível de glicose no sangue e também produzir ou elevar os corpos cetônicos de forma indesejável.

Deve-se evitar a realização de exercícios nos horários de pico da ação da insulina, visando prevenir a Hipoglicemias. Um bom horário para exercitar-se é após as refeições, quando o indivíduo apresenta bastante disponibilidade de glicose. Nesse caso, a atividade física é utilizada como uma forma de reduzir essa elevação. No entanto exercícios de alta intensidade devem ser evitados nessas ocasiões.

A atividade física pode influenciar na “velocidade de absorção da insulina”, se for aplicada imediatamente antes dela. É aconselhável iniciar a atividade até pelo menos uma hora após ter tomado insulina.

Não recomenda-se a prática de exercício caso: o nível de glicose esteja acima de 300 mg/dl; o nível de glicose esteja acima de 240 mg/dl e cetonas na urina; quando apresentar alguma complicação.

Se o indivíduo for realizar exercícios físicos mais rigorosos a aplicação deve ser feita no abdômen.

Alguns pacientes podem ter necessidade de se alimentar antes da atividade física. Esse fato deve fazer parte do planejamento alimentar, sob orientação de um nutricionista.

Ao realizar um exercício de maior intensidade por período mais prolongado pode ser difícil para o paciente prevenir a queda de glicose no sangue apenas com a alimentação suplementar. Nesse caso, convém reduzir a dose de insulina que está agindo durante o período de realização dos exercícios.

Exercícios físicos e diabéticos:

Os exercícios para diabéticos insulino-dependentes só podem ser praticados se os níveis de glicose estiverem controlados. O controle se baseia no nível de aproximadamente 250mg% e ausência de sintomas. VIVOLO (1994)

O primeiro passo para prescrição de exercício é obter do indivíduo um exame que relate a condição dos níveis sangüíneos de glicose. É também necessário realizar uma avaliação antes de iniciar o programa de exercícios.

Recomendações:

Segundo o American College of Sports Medicine (ACMS), o indivíduo diabético deve se exercitar de 5 a 7 dias por semana, com a duração entre 30 - 40 minutos e a intensidade de 60 à 75 da Fc máx ou 50 à 60% do VO2máx. A atividade de predominância aeróbia.

Exercícios de intensidade elevada ou longa duração devem ser evitados (acima de 60 minutos), como também em temperaturas elevadas. 


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Anabolizantes .

Dinheiro, sucesso, carrões, mulheres bonitas... Tudo isso lembra bem as belas imagens que vemos na televisão associadas às propagandas de cigarro. Com os esteróides anabolizantes está acontecendo o mesmo. Para iludir, principalmente os jovens ansiosos em adquirir os músculos poderosos, as propagandas vêm embutidas no rótulo da saúde, muitas vezes vinculados à imagem de artistas "fortões" e famosos. O alvo, são as academias de musculação onde estão, pela lógica, os adeptos à hipertrofia muscular.

Os anabolizantes são medicamentos à base de hormônio masculino testosterona com as características anabólicas (crescimento) e adrogênicas (caracteres sexuais masculino). Segundo a literatura científica, as finalidades são terapêuticas nos casos de tratamento de doenças como as anemias, alguns tipos de câncer, casos de reposição hormonal, atrofias musculares causadas por certos tipos de doenças ou acidentes traumáticos.

Sem dúvida nenhuma os anabolizantes produzem o efeito desejado aos simpatizantes da hipertrofia muscular e força física. O esporte está cheio de casos de vitórias ilícitas ligadas a esses medicamentos. Infelizmente a gente acaba sabendo dos males quando alguém muito famoso morre como foi o caso da velocista americana Florence Grift Joyner que, embora oficialmente nada tenha sido provado, a suspeita ficou.


Esse outro lado negro da moeda ainda é muito pouco estudado pela ciência, por razões éticas. Não para fazer experiência dessa ordem com pessoas. O que existe de concreto são pesquisas feitas através de questionários respondidos por voluntários como o publicado no Internacional Journal of Sports Medicine, 18:557-62, 1992. citado na internet pelo Dr. José Maria Santarém (Médico Pesquisador Doutor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). Nas academias do Reino Unido 1667 pessoas responderam ao questionário. Entre os homens interrogados 9,1% usavam drogas anabolizantes contra 2,3% entre as mulheres. As doses chegaram a 34 vezes mais que as terapêuticas e apenas 28% eram atletas de competição. quem justifique que paradas temporárias não faz mal. Pois bem. O sistema de ciclos interrompidos foi utilizado por 88% dos usuários e mesmo assim 77% relataram efeitos colaterais do tipo atrofia dos testículos em 56% dos casos, ginecomastia (crescimento das mamas no homem) em 52%, dificulda de para dormir em 37%, hipertensão arterial em 36%, lesões tendinosas em 26%, sangramento nasal em 22% e resfriados freqüentes em 16%... É pouco?

Nas mulheres os relatos foram irregularidades menstruais, hipertrofia do crítoris, diminuição das mamas, engrossamento da voz, acne, queda de cabelos no couro cabeludo e crescimento de pelos masculinos no corpo... É pouco?

Quando as pessoas resolveram parar, relataram tonturas, fraqueza, perda da libido e dores articulares. Reações que acabam levando a reincidência dependente.
 
 É pouco? Tem mais, mesmo os que usaram apenas oito semanas os efeitos foram os mesmos. entre nós, se o homem faz musculação visando mais saúde e uma aparência mais bonita para também, entre outros objetivos, atrair o sexo oposto, pra que usar anabolizante sabendo que na hora "agá" pode falhar por causa justamente desse remedinho? No mínimo me parece uma grande burrice, não acham?

A musculação bem orientada por profissionais sérios, que usam os métodos e ciclos de treinamentos inteligentes fundamentados na ciência, produz resultados impressionantes, e sem as malditas drogas. De qualquer forma cabe aos profissionais informar os "supostos" benefícios e principalmente os riscos. Influenciar ao uso dos anabolizantes é brincar com a vida das pessoas e por tabela destruir toda uma classe e estabelecimentos cuja função social é zelar pelo estilo de vida saudável. Portanto, a você aluno interessado em obter um corpo bonito e saúde de verdade, procure uma academia com propostas sérias a longo prazo e fuja das pessoas que ofereçam anabolizantes. Normalmente elas se apresentam bem maquiadas parecendo gente de bem. Diga não às drogas, também nas academias!!! 


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

FALTA OU MÁ ORIENTAÇÃO NO SPINNING AUMENTAM AS LESÕES

Por ser uma atividade muito dinâmica a procura pelo spinning certa época virou uma febre não tardando aparecer casos de lesões graves ou afastamentos temporários, muito mais pelos excessos cometidos e/ou descuido na orientação profissional da atividade. Na sala de aula o responsável é sempre o professor.

Entre as lesões ocorridas nos praticantes de ciclismo outdoor e In Door, algumas são comuns às duas modalidades tais como as dores lombares e/ou cervicais, contraturas, distensões, tendinites e dormência entre as pernas. A posição de pegada no guidom pode gerar uma pressão prolongada levando a uma neuropatia progressiva nas mãos conhecida por síndrome do túnel do carpo. Estudos vêm sendo feitos em diversas regiões com números próximos desses: Dores lombares 65%, problemas nas pernas e joelho 18%, dores no pescoço 9%, nas costas como um todo 5% e desconforto na posição sentada 3% .

Entretanto, boa parte desses problemas poderia ser evitado por se tratar de excessos cometidos, falta de orientação e não atenção às avaliações funcionais. Algumas lesões estão ligadas às alterações biomecânicas, desequilíbrios musculares com fraqueza e/ou encurtamentos de cadeias musculares, desalinhamentos de joelho, pés planos, eqüino ou pronados e ainda os casos de perna mais curta que a outra. Convenhamos. Esses detalhes, na maioria das vezes, não são observados quando um aluno se apresenta para a aula de spinning. Já outros problemas partem da desatenção do aluno tais como altura do banco e distância do selim para o guidom, excesso de aulas, deixar-se levar às intensidades maiores do que a própria condição física permite em virtude do clima por vezes alucinante. Embora esses procedimentos sejam de responsabilidade do professor observar, o aluno deve procurar ter bom senso uma vez que, entende-se estar fazendo atividade física visando principalmente à qualidade de vida.

Apesar da evolução das bicicletas estacionárias usadas no spinning, RPM e ciclismo In Door, os ajustes ergonômicos ainda são limitados deixando de atender aos praticantes muito baixos e os muito altos cujos braços de alavancas das pernas não se adequam a nenhuma variação mecânica. 

Com isso, além da transmissão da força dos músculos para os pedais não se processar de modo eficiente, as chances de lesão aumentam. Não basta simplesmente ajustar altura do selim e a distância para guidom. O triângulo formado pelo quadril, empunhadura e pedal é importante para uma perfeita transmissão de força. Nesse componente, o tamanho dos “cranks” (pedivelas) também deve ser adequado às dimensões das pernas do aluno. Pernas mais longas, “cranks” mais longos, pernas mais curtas, cranks mais curtos. Na absoluta maioria das bicicletas estacionárias essa peça tem um tamanho padronizado. Depois de ajustada a bicicleta, estando o pedal e o “crank” na horizontal, o ideal é que o eixo de pedal esteja verticalmente alinhado com o joelho. Convenhamos. Alguém se preocupa com isso? Em longo prazo, os movimentos repetitivos podem causar dor no joelho por causa das forças vetoriais do fêmur contra a patela. O trabalho muscular nas pernas também é diferenciado. Os gastrocnêmios trabalham 37%, os posteriores de coxa e os vastos laterais 18%, retos femurais 15% e os glúteos máximo 12%. Boa parte do ciclo o vasto medial trabalha perto de 56%. Os músculos do tronco e dos membros superiores fazem um trabalho isométrico de sustentação. 

Não são apenas as lesões que as pessoas deveriam se preocupar. A higiene anda muito mal em algumas salas de spinning e podem se transformar em fonte doenças transmitidas por diversos tipos de microrganismos. Pesquisa desenvolvida no Centro Integrado da Universidade Gama Filho (UGF) em academias das zonas Norte do Rio de Janeiro detectou a existência de fungos, vírus e bactérias em vários acessórios e aparelhos de ginástica chegando a números alarmantes de mais de 1600 microrganismos por cm² em alguns selins sendo que o número de 100 por cm² já ser considerada carga microbiana alta. O calor úmido e o suor em salas mal ventiladas por si só se transforma em ambiente ideal para a proliferação dos microrganismos responsáveis pela transmissão de diversas doenças. Portanto, cuide-se. 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Com que tênis eu devo correr?

Qual uso, calçado duro ou mole, novo ou mais velho?
 
Todos os tênis têm uma validade, sou seja, seu sistema de amortecimento tem uma quilometragem de vida útil.

Sempre que for adquirir um calçado novo devemos saber qual é o nosso tipo de pisada.

- Pisada Supinada: passadas mais voltadas para fora, para a parte lateral externa dos pés;

- Pisada Neutra: passada neutra e equilibrada;

- Pisada Pronada: passada voltada para dentro, para parte interna dos pés;


Segundo pesquisa realizada por Butler (2007) e Wakeling (2002) descobriram que calçados com solados mais macios e ajustados de acordo com a anatomia dos pés foram eficientes em diminuir o impacto causado pela corrida.

Sendo assim, fica mais seguro fazer a escolha do novo modelo de tênis.

Referências
WAKELING, J. M. Altering Muscle Activity in the Lower Extremities by Running with Differet Shoes. Med. Sports, 2002.

BUTLER, R. J. Effects of Footwear on High and Low Arched Runners. Gait Posture, 2007.

Exercícios físicos são essenciais para auto estima!

Segundo as estimativas, utilizando a metodologia da Carga Global da Doença, proposta pela Organização Mundial de Saúde, para o ano de 2020, a doença isquêmica do coração e a depressão serão as duas maiores causas não só de mortalidade mas, de incapacidade sobre a população em geral. 
 
A depressão é caracterizada por tristeza, baixa da auto-estima, pessimismo, pensamentos negativos recorrentes, desesperança e desespero. Seus sintomas são, fadiga, irritabilidade, retraimento e ideação suicida. 
 
 
 
O humor depressivo pode aparecer como uma resposta a situações reais, por meio de uma reação vivencial depressiva, quando diante de fatos desagradáveis, aborrecedores, frustrações e perdas.Trata-se, neste caso, de uma resposta a conflitos íntimos e determinados por fatores vivenciais. A depressão está associada a uma alta incapacidade e perda social. Muitos estudos apontam à possibilidade de pessoas fisicamente ativas, em qualquer idade, apresentarem uma melhor saúde mental do que sedentários. Entre as hipoteses que tentam explicar a ação dos exercícios sobre a ansiedade e depressão, uma das mais aceita é a hipótese das Endorfinas. 
 
A teoria da endorfina sugere que a atividade física desencadearia uma secreção de endorfinas capaz de provocar um estado de euforia natural, por isso, aliviando os sintomas da depressão. Essa idéia, entretanto, não tem consenso entre os pesquisadores. Alguns deles, por exemplo, preferem acreditar que o exercício físico regularia a neurotransmissão da noradrenalina e da serotonina, igualmente aliviando os sintomas da depressão. Outra hipótese seria a cognitiva. 
 
 
 
De natureza eminentemente psicológica, a hipótese cognitiva se fundamenta na melhoria da autoestima mediante a prática do exercício, sustentando que os exercícios em longos prazos ou os exercícios intensivos melhorariam a imagem de si mesmo e, conseqüentemente, a autoestima. 
 
Resumindo pessoal, estão esperando o que para praticar exercícios físicos? Esperar ficar doente? 
Esperar o médico falar que só a atividade física vai mudar?

Devemos olhar com mais carinho para nós mesmos, apredermos a nós colocar em primeiro sempre!!!

Fiquem ligados, a atividade física executada de maneira correta e sistematizada por um pediodo mínimo de 3x na semana pode mudar o rumo da sua vida, não só estéticamente falando, e sim, de saúde, qualidade de vida, auto estimo e assim por diante.

Espero notícias de todos, um prazer conversar com todos seja no facebook.com/bau.gabriel ou no twitter.com/baugabriel

Aguardo seu contato, vamos conversar.

Saúde para todos.

Gabriel Baú.
CREF: 016911-G/PR

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Benefícios do treinamento de força para mulheres.





Tal modalidade está intimamente associada com a hipertrofia muscular e tem sido muito procurado nas academias de musculação por alunos de todas as idades incluindo os idosos. Será que as mulheres também podem se beneficiar do treinamento de força ? Saiba porquê sim e quais são esses benefícios. 

É muito comum os professores nas academias ouvirem das mulheres que de modo algum fariam um treinamento de força. Tal medo é causado, na maioria das vezes, pela falta de informação apropriada, pelas críticas negativas anunciadas pela mídia e de relatos de mulheres que ficaram com aspecto físico masculino. Mas é provável, no entanto, que as vantagens do treinamento de força superem o preconceito. 

Quais seriam então os benefícios de um treinamento de força feito apropriadamente para mulheres que querem ficar ou manter boa saúde física em longo prazo? 

1. Há uma tendência natural nas mulheres perderem a massa muscular com a progressão da idade (sarcopenia), o que é um dos geradores de instabilidades no equilíbrio, causando quedas perigosas em lugares de piso irregular ou escorregadio. O treinamento de força mantém a massa muscular tanto na parte inferior como superior do corpo e, melhor ainda se for auxiliado com um trabalho de hipertrofia moderada. 

2. No período da menopausa a mulher diminui a retenção do Cálcio, mineral importante na regeneração óssea e prevenção da osteoporose. O treinamento de força aumenta a densidade óssea deixando-os mais fortes. 

3. Mantém a auto-estima e diminui o stress! Com a progressão do treinamento, aumenta a liberação dos opioides endógenos, hormônios similares a endorfina, que estão relacionados a sensação do prazer. Ajuda a diminuir o cansaço do dia-a-dia deixando a praticante mais disposta. 

4. Um dos melhores métodos de aumento de massa muscular! Ajuda a delinear o glúteo, quadríceps, posteriores da coxa e até abdome como conseqüência do aumento moderado da massa muscular. 

5. Auxilia no emagrecimento! Quanto maior for a massa muscular, maior será a requisição de glicose, diminuindo a gordura localizada existente e prevenindo o aparecimento de gordura em outras áreas do corpo. 

Procure um profissional habilitado e registrado nos conselhos nacional e regional de Educação física para melhor auxiliar o seu treinamento.
Gabriel Baú.
Profissional de Educação Física (CREF: 016911-G/PR)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Exercícios físicos auxiliam obesos após cirurgia estomacal


Com ajuda de exercícios físicos aeróbicos (caminhada e/ou corrida), um grupo de onze mulheres que passaram por cirurgia de redução do estômago (gastroplastia) conseguiu perder entre 8,2 e 15 quilos (kg) em três meses. O estudo da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP acompanhou os efeitos dos exercícios em mulheres obesas que se submeteram a cirurgia um ano e meio antes dos testes. Após 12 semanas de treinamento, quatro mulheres apresentaram a classificação de Índice de Massa Corporal (IMC) normal. 

O IMC é uma medida internacional usada para calcular se uma pessoa está no peso ideal: o peso corporal (em quilogramas) é dividido pela altura (em metros e ao quadrado). Em ambos os sexos, os valores de IMC para o sobrepeso encontram-se entre 25-29,9 quilos por metro quadrado (kg/m2) e, para a obesidade, encontram-se acima de 30,0kg/m2, podendo ser divididos três grupos (grau I – 30 a 34,9 kg/m2; grau II – 35 a 39,9 kg/m2 e grau III – acima de 40 kg/m2)
Antes dos testes da pesquisa e 18 meses depois da cirurgia, três mulheres estavam com obesidade severa, três se apresentavam com obesidade de grau I (menos arriscada) e cinco na classificação de sobrepeso.
"Quando observamos as pesquisas relacionadas à obesidade, constatamos que após dois ou três anos de cirurgia alguns obesos ainda apresentam a classificação de IMC em obesidade. Poucos entram na classificação de sobrepeso e/ou eutrofia (normal)", comenta a profissional Marcela Grisólia Grisoste (CREF 001238-G/MS), autora da pesquisa, destacando o resultado alcançado. 

A pesquisa também avaliou a composição corporal do grupo, o que foi obtido pelo percentual de gordura por dobras cutâneas. "É um método duplamente indireto que avalia a quantidade de gordura e a quantidade de massa muscular de uma pessoa", explica Marcela. Com os exercícios aeróbicos, as mulheres conseguiram uma redução significativa das dobras cutâneas e do percentual de gordura. A professora enfatiza a preocupação na diminuição da quantidade de gordura, pois ela "pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também de qualidade de vida das pessoas, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico-degenerativas". 

Outra medição realizada pelo estudo se refere ao condicionamento físico das participantes. Para isso, a professora avaliou a frequência cardíaca de repouso delas. Houve uma redução média de 11,90 batimentos por minuto, o que demonstra melhoria na condição física. 

Treinamento
A pesquisa é fruto da dissertação de mestrado de Marcela para a EEFE, com orientação do Prof. Luzimar Raimundo Teixeira. O treinamento aplicado consistiu, primeiramente, na avaliação da composição corporal das mulheres, identificando dados como o peso, a altura e o percentual de gordura. Durante 12 semanas, o grupo de onze mulheres realizou 60 minutos de caminhada e/ou corrida cinco vezes por semana. Após esse período, foram reavaliados todos os percentuais da composição corporal. 

As onze participantes escolhidas já tinham sido operadas pela gastroplastia denominada Bypass y de Roux, técnica cirúrgica mais utilizada nos últimos 30 anos que provoca uma perda de peso e possui uma menor quantidade de complicações no paciente. 

Ela ainda aponta que a pesquisa visou observar os efeitos do exercício aeróbio no grupo, sem trabalhar com outros fatores que poderiam influenciar os resultados, como uma orientação nutricional. "Talvez se tivéssemos controlado a orientação nutricional as perdas poderiam ser maiores. E quem sabe, não somente quatro estariam classificadas no IMC normal e sim todas as 11 mulheres", comenta.